Com ou sem leitão há que saudar a união
Os presidentes dos principais clubes reuniram-se, à mesa, com leitão como prato de fundo, para discutir, creio eu, a (má) organização do futebol.
Espero, sinceramente, que não tenha sido um mero encontro, circunstancial, mas que se torne uma rotina. Sim, porque os clubes podem ter rivalidade. Podem, ou melhor, devem, em campo fazer os possíveis para vencer um ao outro. Podem querer, mais do que um, lutar pelo título nacional, mas podem, manter entre eles, uma relação sadia, que lhes permita, por exemplo - o que não tem acontecido - sentarem-se lado a lado nos jogos entre si, na tribuna presidencial e não um a ver os jogos no balneário e outros num outro camarote, sem ser ao lado do presidente do clube anfitrião.
A luta pela vitória no campo, é uma coisa; a luta pela organização das competições - que interessa a todos - é outra completamente diferente mas que se devem complementar para que o negócio futebol tenha sucesso.
Porque, se eles, os presidentes, se juntarem mais vezes, certamente que vão todos apoiar que a final da Champions seja no Dragão... com público, mas que os seus jogos também possam ter adeptos Porque, se há ingleses no dragão l, por que não podemos ter, noutros jogos, portugueses?
Porque, se eles, os presidentes falarem mais vezes, vão certamente impedir que um jogo em Portugal tenha início às 21h45, como foi o caso, esta semana, do jogo Arouca-Rio Ave e acabe muito perto da meia noite, o que, aliás, já aconteceu mais vezes.
Ou, por exemplo, que o protocolo do VAR, seja melhorado para que a função para que foi criado - haver mais verdade desportiva - se cumpra.
Certamente que, se se juntarem, discutirão muitas outras vertentes da organização que tem deixado o futebol português pelas ruas da amargura...
Espero, pois, como amante do futebol, que eles se tenham entendido. E que sejam eles a melhorar todo o (mau) sistema em que assenta o futebol nacional.