Mau início de 2021
Sim, entrou o ano 2021. Dizem que é o ano da esperança. Talvez seja, mas começa mal. Começa com números assustadores de COVID. Mais de 10 mil num dia!!! Ou seja, neste aspecto particular e que é, neste momento, o mais sensível em todo o Mundo, começou como acabou 2020. Costa vai ter que ser mais duro nas medidas. Não há volta a dar-lhe, por muito que tal nos custe a todos.
Mas também não começou bem com o Governo. A trapalhada na escolha do procurador europeu, com a ministra Francisca Van Dunem a meter os pés pelas mãos, e o apontar de dedo aos eurodeputados do PSD, Paulo Rangel e Poiares Maduro e na frente sanitária a Ricardo Batista Leite, por parte de António Costa, mostra uma má entrada na presidência portuguesa da União Europeia.
Entretanto, vamos assistindo nas TV’s, a vários debates para a Presidência da República. Mornos. Alguns parecem mesmo encontro de amigos ou namorados, ou uma conversa em família. Todos sabem que Marcelo ganha. Mas podiam, pelo menos, disfarçar. Ou, no mínimo, apontar algumas falhas. Mas não, quase pedem para tirar com o atual e futuro presidente uma ‘selfie’ para mais tarde mostrarem aos netos. A exceção é o furacão Ventura. Esse leva sempre as armas todas e dispara em todas as direções. Uns dão beijinhos. Este mata. Com ele não há meio termo.
Lá fora, 2021 também não começou bem. Os Estados Unidos, que normalmente se comporta como o bastião da democracia, a tal ponto que intervém em muitos países para ajudar a tirar do poder os que eles entendem como ditadores, deram, no assalto ao Capitólio, uma imagem de que, afinal, também ali, elegem homens tão ditadores como os que eles ajudam a derrubar.
Sim, não sei qual a diferença entre Trump e todos os outros que eles acusam de estarem a perpetuarem-se no poder. Não é o que Trump quis fazer? Não tentou ele, através dos seus braços armados, uma insurreição? Não queria continuar sentado na cadeira do país mais poderoso do Mundo, a continuar com as loucuras que fez durante o seu mandato? Uma vergonha que mancha a credibilidade dos EUA e que lhes retira toda e qualquer autoridade moral.
