OS NÚMERO DA COVID, AS ESCUTAS E A VISITA

21-01-2022 | 12:40 | | |

OS NÚMERO DA COVID, AS ESCUTAS E A VISITA

Escrito por Filipe Bastos

os números continuam assustadores. Mais de 50 mil infetados por dia é, de facto, muita gente. Mas o número de pessoas em isolamento, que pode atingir um milhão de pessoas na próxima semana, é deveras preocupante. Felizmente, nesta altura, os números dos hospitais (internados e UCI) é que, para já, continuam minimamente aceitáveis. Por isso, preocupou um pouco a demora na decisão de quem pode ou não ir votar. Veio a decisão: podem todos. Mesmo os infetados. Esperemos que, de facto, todos os que possam vão às urnas, de forma a que a abstenção  - que é sempre tão alta em Portugal - não coloque em causa o processo democrático.

A CMTV tem divulgado, dia a dia, a conta gotas, escutas do processo cartão vermelho. E todos os dias, lá estão vários comentadores a discutir o assunto. Se estão em causa escutas que possam ajudar a ‘criminalizar’ o processo, ainda vá que não vá. Agora o que um treinador disse a um agente para ajudar a que um outro treinador não vá para o clube A, ou um treinador que disse que tinha lá alguns ‘monos’, etc., etc., que interesse tem? Ainda por cima, os comentadores falam nisso, como se fossem virgens ofendidas, eles que andaram igualmente muitos anos no futebol. Será que nenhum deles nunca teve uma conversa particular, com um amigo ou outro agente desportivo. Olhem, eu, enquanto jornalista, tive. Quantas vezes treinadores ou atletas desabafaram comigo sobre assuntos do dia a dia dos treinos ou dos jogos? Muitas. Ia  a escrever milhares, mas fico-me pelas centenas e eu, obviamente, nunca as tornei públicas, porque foram, apenas e só, desabafos entre gente do desporto. Se os comentadores julgam que, assim, defendem o espetáculo futebol, do qual, aliás, eles vivem, eu vou ali e já venho.

Esta semana, no âmbito das eleições legislativas, candidatos a deputados pelo PSD, primeiro e PS depois, visitaram o nosso jornal. Nós agradecemos a visita e, como se espera, se alguns dos que nos visitaram vierem a ser eleitos para a Assembleia da República, ficamos a aguardar que possam, no hemiciclo, olhar um pouco para o estado da imprensa de um modo geral e, em particular, a regional, sobretudo sobre os brutais aumentos do papel e outras faltas de condições para o qual O Gaiense está disponível para dar o seu contributo em prol da melhoria do atual estado de coisas

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