São 9, senhor! Nove candidatos? Sim!
Nove. São nove os candidatos à presidência da Câmara! Mais um do que nas últimas eleições. Apresentadas as listas a tribunal, como manda a lei, tiradas as fotos para os cartazes, escolhidas as frases de campanha, vai iniciar-se a corrida. Uns, mais ricos, com outdoors aos montes nos melhores locais; os mais pobres com cartazes pequenos, colocados nos postes dos jardins e afins. O PS diz-se ‘Dedicados a Gaia’, o seu maior rival, a Coligação liderada pelo PSD, afirma ‘Sentir Gaia por Inteiro’. O Bloco quer ‘Uma Câmara mais Plural’, Um Concelho mais Igual’, enquanto a CDU abraça o ‘Futuro com Confiança, Trabalho. Honestidade. Competência.’ Já o Chega escolhe um slogan mais polémico: ’De mãos limpas’, dizem eles. Por(Ventura) estão a apelar ao uso de gel, para uma boa higiene das mãos, por causa da pandemia. Seja como for, os concorrentes vão agora para o terreno propagandear as suas ideias. Têm cerca de mês e meio para mostrar ao que vêm. Mostrar aos eleitores que as medidas que anunciam são melhores do que as do seu concorrente e tentar convencê-los da bondade das suas propostas. Claro que normalmente não é assim. Na maioria dos casos, quem quer saltar para o poder em vez de apresentar ideias alternativas, de dizer o que faltou fazer por parte de quem geriu a Câmara (... e as juntas, obviamente), dedicam mais tempo a ataques pessoais em vez de apontar caminhos e melhores soluções. Aliás, há até movimentos e partidos que, durante os quatro anos de gestão, não dão um único sinal de vida, aparecendo, apenas e só, nesta altura, para contentamento do seu umbigo. Não, longe de mim querer dizer que não têm direito a concorrer. Mas algum trabalhinho de sapa, de intervenção cívica, feito durante o mandato, não lhes fazia mal algum. Ah, e dar-lhes-ia, agora, maior credibilidade.