SEMANA NEGRA PARA O GOVERNO
O governo tem estado esta semana em foco. Infelizmente pela negativa.
De facto, não lembra ao diabo que os funcionários das escolas não tenham seguro de acidentes de trabalho.
O governo obriga a que todas as empresas façam seguro de acidentes de trabalho, um encargo acrescido de 150/ano por trabalhador, mesmo para empresas que apenas têm um funcionário. Acontece que, se um trabalhador não tiver esse seguro, a empresa entra em incumprimento e paga geralmente caro por isso.
A questão que se coloca é: que legitimidade e moral tem um governo que não cumpre com os seus funcionários o que obriga até a mercearia do bairro a pagar? É, no mínimo, para não usar outro adjetivo, caricato!
E isto só se soube agora, pelo protesto dos municípios, através da descentralização encetada pelo governo que está a causar imensos incómodos sobretudo porque não houve diálogo suficiente entre as partes.
Outra questão que está a apoquentar a população prende--se com a falta de médicos nos hospitais em geral e, no caso presente, a falta de obstetras, o que tem causado o caos em vários hospitais.
É sabido que a gestão dos hospitais não é fácil. Mas há que encontrar urgentemente um mecanismo de gestão mais eficiente. Porventura, dar maior autonomia aos gestores - que não é obrigatório que sejam médicos, se calhar antes pelo contrário - responsabilizando-os pelos resultados obtidos. Não só pelo número de atendimentos mas, igualmente, pela qualidade do atendimento.
Ah!, e ainda... o caos no Aeroporto de Lisboa. Não se entende que, ano a ano, se assista a este estado deplorável que deixa, em quem chega, uma péssima ideia do país que nem mil campanhas de promoção do nosso Sol faz esquecer. Um triste espetáculo próprio de países de terceiro Mundo.