O relato dos pequenos exploradores
s alunos do 4.º ano da Escola Básica de Vendas, acompanhados pela professora titular da turma, Laurinda Júlio, foram selecionados para passar uma semana na Escola da Ciência Viva no Parque Biológico. O Gaiense Kids esteve lá, mas desta vez, este texto é da autoria das crianças. Já habituadas a escrever para o seu jornal de parede, ‘O Vendinhas’, surpreenderam-nos com uma descrição pormenorizada da semana (por motivos de espaço, tivemos de cortar algumas partes!). Um hotel de insetos para joaninhas e abelhas solitárias “Na semana 28 de junho a 2 de julho, os alunos alimentaram as cabras, ajudaram a digestão mecânica das aves de capoeira (galinhas, garnisés, gansos, perus), exploraram o parque e estiveram nos laboratórios de cozinha e de física e química. Na atividade da alimentação das cabras, aprenderam que quando se dá comida inteira às cabras, elas só comem o que gostam (...) e que a casca de ostra fortalece a casca dos ovos das aves de capoeira, por ter muito cálcio. Viram um Hotel de insetos que serve para acolher joaninhas e abelhas solitárias e dois tipos de milhafres: milhafre-preto (milvus-migrans) e milhafre-real (milvus-milvus). No observatório distinguiram a pegada do lobo (Canis lupus) do cão (Canis lupus familiaris) e da raposa (vulpes vulpes). Ouviram os sons da natureza, distinguiram árvores e meteram sementes de girassol nos comedouros das aves. Palmilhar o Parque e entender a eletricidade Na saída de campo, escolheram entre quatro atividades. Em ‘Antenas ao Alto’ viram insetos, desenharam-nos, viram os sítios onde gostam de estar e o quanto gostam de flores. Em ‘Os Meandros do rio Febros’ mediram a profundidade e a largura do rio, viram alfaiates e ruivacos na água e amieiros, fetos, musgo, heras e carvalhos nas margens. Em ‘Plantas na Palma da Mão’, aprenderam que o carvalho tem folha caduca, o choupo é uma árvore e que as plantas têm picos para se protegerem. Também ficaram a saber que os anéis no tronco das árvores indicam a idade. Quem escolheu ‘Pistas e Vestígios’, encontrou a pegada de um corso e estudou-o: quadrúpede, mamífero, insetívoro. No laboratório de física e química, fizeram cristais, descobriram a escala do pH e perceberam como se formam as chuvas ácidas, enquanto no laboratório de cozinha fizeram cookies de flores comestíveis e barritas de cereais e sementes. Na Ciência do Conto ouviram a história ‘Cem sementes que voaram” e observaram sementes, enquanto na ‘Hora do código’ fizeram um jogo (imitar o robot), em que tinham de chegar ao fundo da sala fazendo apenas quatro movimentos. Em robótica, os alunos construíram robots, programaram- -nos e fizeram uma corrida. Nessa atividade fizeram ainda jogos de física do movimento e distinguiram as posições corretas das incorretas. Em ‘Ciência Fora da Caixa’ criaram um circuito elétrico e no ‘Encontro com o Cientista’ falaram sobre aves arquitetas. Foi muito divertido e os alunos gostaram muito.”