ANDRÉ MOREIRA QUER RECUPERAR MÍSTICA DO SC COIMBRÕES
André Moreira é o novo presidente da direção do Coimbrões. Desde o início da época, com uma Comissão Administrativa, liderada por Armindo Lobato, André Moreira ocupava o cargo de diretor desportivo. No início do ano, avançou com uma lista para a direção do clube e venceu, tornando-se assim no 23º presidente. Estabilizar esta instituição financeiramente, devolver qualidade à formação e limpar a imagem do clube nos últimos tempos são os principais objetivos para o seu mandato, em vigor até 2024.
O que o levou a candidatar-se a presidente do Coimbrões?
Quando Armindo Lobato assumiu a comissão administrativa, convidou-me e eu aceitei, pois já tinha dito que tinha disponibilidade para ajudar o clube. Disse-lhe que gostava mais do futebol sénior e fiquei como diretor desportivo da equipa. Através de Armindo Lobato, e de outros dirigentes, fui ganhando conhecimentos, inteirei-me da situação do clube e quando a comissão disse que tinha que sair, convidaram-me para assumir. Achei que tinha capacidade e disponibilidade de tempo, e decidi assumir o compromisso..
Como encontrou o clube?
Está melhor do que quando a comissão entrou. No fundo, o que conseguimos, foi abrir portas. Agora há uma série de trabalhos que é necessário fazer, principalmente a nível de formação, que perdeu qualidade e credibilidade. No fundo, será por aí o principal foco de trabalho. Melhorar as camadas jovens e a imagem que o clube perdeu durante algum tempo. Encontrei também o clube com dívidas, menos do que quando a comissão entrou, mas que limitam a ação da direção. No entanto, ainda temos alguma folga, para que possamos fazer o trabalho e cumprir os objetivos.
Qual é o passivo do clube?
Neste momento, ronda os 61 mil euros. É aceitável que um clube como o Coimbrões tenha um passivo deste montante? Não é um valor aceitável para um clube desta dimensão. Enquanto jogador, as dívidas andavam sempre nos 20 mil euros. Não temos margem para reduzir de imediato o passivo, mas com o tempo queremos pagar essas dívidas. O objetivo é regularizar as contas correntes e não aumentar as dívidas, pois queremos manter a estabilidade financeira.
Foi eleito para o biénio 2022-24. Quais são os principais objetivos do seu mandato?
Primeiro, queremos reconstruir a imagem do clube, que se foi perdendo. O ‘orgulho de Gaia’, a mística, deixou de existir. O clube tem que adquirir novamente a imagem que tinha e, para isso, tem que haver uma linha orientadora desde os mais pequenos aos seniores. Depois, a estabilidade financeira é para manter. O resultado que tivermos na nossa formação, em patrocínios e na aquisição de apoios, é que dirá a capacidade que teremos para os seniores serem competitivos. Queremos devolver o clube à comunidade. Estamos agradecidos a algumas pessoas, que ajudaram o clube financeiramente nos últimos anos, mas esquecemos um pouco o pequeno comércio e as pessoas que poderiam ajudar. Entrou sempre dinheiro muito fácil no clube, e ainda bem, e estamos agradecidos, mas temos que trazer mais pessoas para o Coimbrões, e isso não existe.