CASAS NOVAS PARA COMUNIDADE CIGANA DE GRIJÓ ESTÃO EM BANHO-MARIA

Na resposta a uma interpelação da deputada Luísa Ferreira, do Bloco de Esquerda, durante a última assembleia municipal, o presidente da Câmara de Gaia precisou que o programa de construção de casas para as famílias de etnia cigana que residem em barracos em Grijó, junto á autoestrada, está parado porque o concurso de obras ficou deserto.

"E ficou deserto porque há desajustamento entre valor base a realidade. Por exemplo, só o custo do aço neste entretanto de efeitos da pandemia e da guerra, aumentou 140 por cento e não podemos estar à espera, por isso, que os empreiteiros concorram", explicou Eduardo Vítor Rodrigues, que espera poder lançar um novo concurso, com um preço acima dos 3,8 milhões de euros estimado para um projeto que devia ter arrancado em 2021.

Esta empreitada visa a intervenção na área da antiga unidade industrial Fábrica de Madeiras da Feiteira, que se encontra em estado de abandono, com a reconversão do espaço para habitação possibilitando a integração de comunidades ciganas atualmente distribuídas por três núcleos de construção precária - leia-se barracas -, dispersas pela União de freguesias de Grijó e Sermonde, em Vila Nova de Gaia.

O projeto prevê a edificação de três blocos de habitação multifamiliar, sendo o bloco 1 composto por três edifícios interligados por uma galeria exterior de circulação, o bloco 2 por um único edifício e o bloco 3 por dois edifícios igualmente interligados por uma galeria. Por tipologia, os edifícios de habitação englobam 12 T2, 16 T3 e seis T4, totalizando 34 apartamentos, em modelo de moradias em banda.

Complementarmente à construção dos edifícios de habitação, prevê-se a reconversão de dois edifícios interligados, que se implantam à face da Rua da Feiteira, para incorporar uma área de apoio social, com gabinetes de atendimento, sala de reuniões, copa e instalação sanitária, assim como de um espaço multiusos.