CHEFE MARIA LUÍSA CONTOU COMO FOI ESTAR NUM CAMPO DE DESLOCADOS NO SUDÃO

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15-02-2022 | 13:08 | | |

CHEFE MARIA LUÍSA CONTOU COMO FOI ESTAR NUM CAMPO DE DESLOCADOS NO SUDÃO

Escrito por Eugénio Queirós

A Chefe Principal Maria Luísa Ramos Figueiredo, com 34 anos de carreira na PSP, foi colocada em 2020 em Malakl, no estado do Alto Nilo, e trabalhou no Campo de Deslocados Internos, onde, para além das condições ambientais em que reinava o pó e uma temperatura ambiente sempre a rondar os 40ºC, da insalubridade e do perigo constante devido às cobras venenosas e facilidade de propagação de doenças, ficou chocada com a má qualidade de vida dos milhares de pessoas que buscavam proteção naquele local

"É difícil imaginar o que é um Campo de Deslocados, a menos que se tenha estado num: é um local onde não há o suficiente de nada e onde aqueles seres humanos se limitam a existir para sobreviver. Tive muitas alturas em que me senti impotente e questionei o meu propósito de estar ali, pois sabia que não iria mudar o mundo, mas não perdia as oportunidades de fazer algo para melhorar a sua situação. O número de crianças é incontável. Estão desnutridas e malcuidadas. Seguramente com pouco mais que anos 6 ou 7 anos, carregam ao colo os irmãos mais novos", conta agora quem trabalhou com colegas  da Formed Police Unit (FPU) do Ruanda.

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Mais uma missão internacional para esta experiente operacional da Polícia de Segurança Pública

"Tive oportunidade de participar em diversos momentos da missão que contribuíram para melhorar as condições de segurança do povo sul sudanês. Sinto-me, pois, uma felizarda por ter podido fazer parte da família das Nações Unidas, dando o meu contributo para fazer deste mundo um mundo melhor", são ainda palavras suas.

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