FLEXIBILIDADE DE HORÁRIOS FOI TEMA EM DEBATE
O secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, inteirou-se da realidade da empresa gaiense RTE, na qual são produzidas anualmente mais de um milhão de bicicletas para todo o mundo, e que emprega 570 trabalhadores. A RTE, através da administradora e diretora de Capital Humano da RTE Ana Lamelas, apresentou a dificuldade de recrutar novos trabalhadores, aliada à falta de transportes públicos junto à fábrica, e explicou a dificuldade em cumprir 40 horas de formação, dada a especificidade desta empresa. O secretário de Estado alertou que "existem 140 mil jovens entre os 16 e os 29 anos e uma taxa de desemprego de 6,4% que escapam ao radar. São jovens que não estão em formação, não recebem subsídios, nem estão à procura de emprego", considerando a situação preocupante.
Nesta reunião foi abordada a carga horária dos trabalhadores e defendida a flexibilidade de horários para maior competitividade das empresas. O governante afirmou que "o problema da sociedade é a gestão do tempo", antes de defender que "o mercado laboral deve ter flexibilidade para que trabalhadores e empresas se ajustem num equilíbrio entre salário justo e boas condições de trabalho sendo a consequência natural uma boa produtividade.
É o caso desta empresa que é de sucesso". Para o presidente da AIMAP (Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal), Vitor Neves, "o Estado deve definir regras base e deixar a responsabilidade às empresas".
