MIGUEL LEMOS AFIRMA ORGULHO PORTUGUÊS
Cada português paga em média um cêntimo por cada 9 litros de água. Um garrafão de 5 litros de água engarrafada custa 50 cêntimos. Foi este exemplo que a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, deu durante a sua intervenção no ”A Blue New Deal: Water’s role in a sustainable and fair future”, evento organizado pela Águas de Gaia, o primeiro em Portugal sob o ‘chapéu’ da Aqua Publica europeia, à qual pertence Miguel Lemos, administrador executivo da empresa municipal de Gaia. Na abertura de uma conferência que foi transmitida em direto também para países de língua oficial portuguesa, Miguel Lemos considerou-se orgulhoso por ser europeu porque é no Velho Continente “que existe uma estratégiapara a descarbonização e também porque Portugal foi o primeiro país a assinar estes compromissos ambientais”.
“Olharmos para a gestão da água como um todo, nesta forma integrado, incluindo aqui os temas da energia tão importantes do ponto de vista da distribuição”, salientou ainda Miguel Lemos durante a sua intervenção, feita em português, após uma abertura em inglês.
Um recursos escasso
Inês dos Santos Costa começou por destacar que Portugal conquistou “uma água segura e de qualidade mas não foi há muito tempo”, lembrando-se que há 30 anos, a uma hora de distância de Lisboa, ainda ia à fonte na companhia da avó. “Hoje, 99% da água fornecida é limpa e segura e não falta mesmo em tempo de seca e as nossas praias têm uma qualidade ambiental superior”, sublinhou a secretária de Estado.
“Temos de ter cada vez mais presente que é preciso encontrar modelos de gestão de equilíbrio porque a água é um material mas também é um recurso e sem ela não vivemos”, afirmou ainda Inês Santos Costa, preocupada com o facto de não faltarem muitos anos para que a procura por água exceda a oferta.
“Vejo a gestão da águas nas cidades e nas regiões como algo integrado e temos que olhar sempre para o ciclo de gestão da água”, reforçou Miguel Lemos, já no período de debate.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, fechou a conferência.