MULTIUSOS NELSON MANDELA COMEÇA A SER CONSTRUÍDO NO VERÃO

123
01-04-2022 | 10:56 | | |

MULTIUSOS NELSON MANDELA COMEÇA A SER CONSTRUÍDO NO VERÃO

Escrito por Eugénio Queirós

O pavilhão multiúsos dos Arcos do Sardão, em Vila Nova de Gaia, orçado em 8,5 milhões de euros, deverá começar a ser construído no verão após um atraso de dois anos, indicou hoje o presidente da Câmara. O pavilhão, concebido pelo arquiteto Vítor Seabra, terá o nome de Nelson Mandela.

Em declarações à agência Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues explicou que o processo passou por uma fase de judicialização devido à disputa entre duas empresas, situação que o município acompanhou, mas “só competia aos tribunais decidir".

Na segunda-feira, em reunião de Câmara, será votada a adjudicação do projeto, que tem um investimento estimado de 8,5 milhões de euros, seguindo-se o envio para o Tribunal de Contas.

 

123
Multiusos de Gaia vai ter o nome de Nelson Mandela

 

“É o corolário de dois anos e meio de concurso público. Isto continua a ter de ser visto como um alerta para quem anda a falar de cumprimento de prazos. Ou a lei é ajustada de forma a impedir estes bloqueios, ou vamos andar em cada um dos processos a fazer a gestão de judicialização. Hoje é fácil impugnar”, disse o autarca.

Em causa está um equipamento com uma área bruta de implantação superior a 3.500 metros quadrados que ficará localizado junto à Estrada Nacional 222 (EN222), entre a Rua Arcos do Sardão e a Avenida Vasco da Gama.

A lotação deverá rondar as 3.000 pessoas e, como recinto desportivo, terá uma capacidade a ultrapassar os 800 espetadores.

O palco e as bancadas serão amovíveis, num projeto que inclui zona de estacionamento.

Em maio de 2020, numa reunião camarária, o presidente da Câmara de Gaia estimou que a construção deste pavilhão começaria em setembro desse ano, algo que não aconteceu.

 

123

 

O espaço temporal que entretanto decorreu cria, disse hoje o autarca, “um novo problema, que é o impacto que o tempo [decorrido entre a elaboração do projeto e a execução] terá nos preços”.

A minha estimativa [em maio de 2020] era essa sem imaginar que ia haver impugnação. Esta é mais uma razão para olharmos para a contratação pública. Como é que é possível aguentar dois anos ou três anos para fechar um concurso público? Nem o país nem os fundos comunitários permitem. Passam os prazos todos e ficamos todos mal e desacreditados”, lamentou.