MUNDO MILITAR MOSTRA-SE AOS JOVENS

 A Serra do Pilar enche-se por estes dias, e até 21 de Maio, de rapazes e raparigas. Por todo o quartel, grupos de jovens, de 18 e 19 anos, movimentam-se pelo  espaço aberto: ora caminhando em duas filas paralelas, ora formando um círculo em torno das máquinas e materiais utilizados pelos militares, tomam contacto com as várias especialidades das Forças Armadas Portuguesas. É o Dia da Defesa Nacional. Um Dia que se estende por muitos dias, com o objetivo de sensibilizar os jovens para os deveres e direitos para com o seu País, após o fim do Serviço Militar obrigatório. Ultrapassada a porta de armas, somos imediatamente absorvidas pelo discurso entusiasta e apaixonado do comandante da unidade. O coronel Abelha recebe- -nos naquela que apelida de “sala de estar da Pátria”.
“É um dia irrepetível. Uma oportunidade única para transmitirmos o que somos, o que fazemos e ajudar os jovens na decisão de enveredar pela farda. Empenhamo-nos para que sintam a abertura da instituição e não a opressão que possam imaginar existir na tropa”, justificou.
Segundo o responsável, “muitos entram com o semblante cerrado e saem com um sorriso nos lábios: pelo cumprimento de um dever (presença obrigatória) ou pelo esclarecimento acerca das opções disponíveis”.
Na nossa visita, encontrámos jovens que já conheciam o exército e outros contactaram com ele pela primeira vez. Invariavelmente, rapazes e raparigas escolhem a frase “muito interessante” para descrever a experiência.
O contacto com as armas e coletes dos comandos, os carros (blindado, de cozinha e de transmissões) são os momentos mais aliciantes, mas a atenção às palestras de esclarecimento, orientadas pelo tenente Granja, chefe dos divulgadores, também é plena. O arrear da Bandeira, cerca das 15h, encerra o processo: “É um momento de enorme solenidade, o símbolo que defendemos”, conclui o coronel Abelha