"NÃO QUEREMOS QUE SEJA UMA NOVA VILA D' ESTE"

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19-02-2022 | 15:43 | | |

"NÃO QUEREMOS QUE SEJA UMA NOVA VILA D' ESTE"

Escrito por Eugénio Queirós

Na resposta a uma interpelação da deputada Paula Baptista, da CDU, Eduardo Vítor Rodrigues falou na última Assembleia Municipal de Gaia do projeto Gaia Innovation City, a cidade tecnológica e universitária prevista para a Madalena, um investimento de 700 milhões de euros de um fundo brasileiro.

"Nós quisemos muito que optassem por Gaia mas também não queremos que o projeto de transforme num engodo e que de um momento para o outro os investidores decidam que afinal vão optar por um projeto imobiliário", disse Eduardo Vítor Rodrigues. Por isso, a Câmara prepara-se para alterar o PDM nos 25 hectares previstos no terreno da Madalena, que inclui uma parcela de 10 por cento onde se encontra o parque de campismo. Com esta alteração, a capacidade construtiva atualmente prevista, que é de 0.8, uma capacidade alta, como frisou Eduardo Vítor Rodrigues, e o uso ficarão condicionados a um empreendimento como o que já foi apresentado, destinado a parque tecnológico e a polo de ensino, com uma área reduzida para a construção de residências para estudantes e trabalhadores do respetivo parque.

"Não queremos, salvaguardada a comparação, que tudo aquilo se transforme numa nova Vila D'Este em termos de capacidade construtiva", precisou o presidente da Câmara de Gaia.

Questionado sobre a área arqueológica que já foi identificada nos terrenos, Eduardo Vítor Rodrigues perguntou: "Onde estavam os arqueólogos em 2009 quando a Câmara de Gaia vendeu o terreno a um fundo imobiliário?"

 

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Hoje, em entrevista ao 'Público' Eduardo Vítor Rodrigues reafirma também que se alguém neste projeto tiver uma intenção camuflada, com a revisão do PDM antes da assinatura do contrato "durante 12 anos nada poderá fazer no terreno para além do que para além está previsto".

A Gaia Innovation City é uma empresa que foi constituída no ano passado e que tem como únicos sócios os empresários brasileiro André Joaquim de Carvalho e Francisco Caminha Almeida, estando associada a uma off-shore com sede em malta, a Dousa Holdings, sendo Dácio Oliveira uma das pessoas envolvidas por este lado. Esta última empresa diz que os contactos com empresas para se instalarem no Gaia Innovation City, que promete criar 15 mil empregos diretos, já começaram.

 

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