A NOSSA FAMÍLIA A CUIDAR DA SUA FAMÍLIA

Festejaram 37 anos na passada semana num jantar convívio onde estiveram familiares, fornecedores  e amigos.
Tudo começou “por influência de familiares que trabalhavam numa agência funerária. Foram eles que me motivaram a arriscar, sempre com o apoio do meu marido, Alfredo Duarte. A empresa nasceu graças a uma sociedade com António Sousa, porque eu tinha muita força de vontade de vencer, mas não tinha dinheiro. Passados dois anos, o meu sócio saiu e entrou o meu marido com uma quota de 50 por cento. Foi assim que nos tornámos uma empresa familiar, característica que se mantém até hoje”, explicou Fernanda Magalhães.
Quando questionada sobre o momento mais marcante, a sócia-gerente não hesitou em apontar o ano de 2006, “quando surgiu uma lei que impedia que as floristas estivessem vinculadas às agências funerárias. Nessa altura, mudei de instalações para as atuais, o que alterou a dinâmica da funerária. Tornando-nos mais profissionais com hábitos ainda mais acolhedores, para que os clientes se sintam bem.
A Funerária de Canidelo tem sete pessoas a trabalhar e prima por uma boa integração na comunidade. “Gosto de evoluir e de crescer, mas sempre com humildade e com o objetivo de ajudar o outro. Tentei, ao longo destes anos, até por carolice, fazer a minha parte em prol da comunidade, sendo presidente do Rancho Folclórico de Canidelo e integrando a Comissão de Festas . A população confia em nós, damos a cara e estamos prontos a apoiar nos momentos difíceis, em que as pessoas se sentem desamparadas. Fiz e continuo a fazer um bom trabalho e isso vê-se porque as pessoas continuam a procurar-nos”.

Um apoio seguro

Ao fim destes anos. Fernanda Magalhães e a sua equipa conseguem perceber “a fragilidade das pessoas nesse momento difícil, assim como as emoções contraditórias em que estão. Temos de transmitir confiança às pessoas se queremos que elas ultrapassem esta fase de uma forma menos dolorosa”.
Localizada em Canidelo, Vila Nova de Gaia, A Funerária de Canidelo trabalha onde lhes for solicitado e já são referenciados em muitos pontos do país, onde prestam um serviço completo.
"O futuro está assegurado em termos familiares, até porque uma das minhas filhas já trabalha na empresa", realçou. 

Memórias em 'O Caminho da Perseverança'

Para este ano, Fernanda Magalhães tem prevista a edição de um livro. Mais do que uma biografia, esta obra pretende abordar o percurso de vida e todas as etapas ultrapassadas ao longo destes 37 anos, assim como lembrar o período da pandemia onde as lágrimas e a solidão andaram de braços dados.
O livro chama-se "O Caminho da Perseverança" e retrata "um período muito difícil para todos nós. Pelas funções que desempenhamos, tínhamos carta branca para circular, mas era muito triste e doloroso chegar a um enterro em que só estávamos nós, o senhor padre e as pessoas que faziam o enterro. Senti que tinha de passar estas emoções para o papel tanto para salvaguardar a minha sanidade, como também para deixar tudo o que vivemos para memória futura".
A força e tenacidade desta mulher que tornou um sonho numa realidade com 37 anos é a base deste livro que será, certamente, um exemplo a seguir por muitas pessoas.
A data de lançamento ainda não é conhecida.