PAULO RAIMUNDO ENCHEU AUDITÓRIO DA TUNA MUSICAL DE SANTA MARINHA
Depois de várias iniciativas levadas a cabo pela CDU (Coligação Democrática Unitária) em Gaia, nomeadamente várias abordagens ao povo nas diversas freguesias, o partido e centenas de apoiantes juntaram-se, hoje, na Tuna Musical de Santa Marinha para celebrarem o Dia Internacional da Mulher. O líder comunista Paulo Raimundo foi recebido com grande entusiasmo.
Para fazer a abertura, várias mulheres discursaram perante o público, onde expuseram ideias para melhorar o sistema relativamente ao direito e à igualdade de género. Enquanto as mulheres discursaram, Paulo Raimundo escutava atentamente aquilo que tinham para dizer.
Entretanto, no final dos discursos, entrou em palco Alfredo Maia, candidato pela CDU onde apontou alguns problemas ao governo atual e vincou a posição do seu partido no que diz respeito às mudanças que têm em mente, nomeadamente “o aumento salarial imediato, o combate à exploração laboral e à precariedade e a descriminação salarial”.
Foi no fim do discurso de Alfredo Maia, que o auditório se encheu de entusiasmo e ovação para a entrada em palco do líder comunista.
Paulo Raimundo abriu o seu discurso frisando que “hoje é um dia de festa, em particular para todas aquelas que tudo fizeram para dar este passo extraordinário que é a igualdade das mulheres”.
O secretário-geral do PCP foi constantemente aplaudido enquanto os simpatizantes e apoiantes da CDU entoavam cantos alusivos ao 25 de Abril.
Raimundo continuou dizendo que “as mulheres foram também, as grandes construtoras da Revolução e foi com a sua força que se consagraram todas as conquistas de Abril. Se não fosse a sua determinação, não estaríamos onde estamos hoje no que toca à igualdade”.
Após várias menções à democracia e à igualdade, Paulo Raimundo manifestou que "ainda há muito caminho para trilhar no que toca à luta pela igualdade, na luta contra as discriminações".
O candidato a primeiro-ministro pela CDU aproveitou o discurso para deixar, bem vincada, a sua posição relativamente ao aborto: “as políticas de direita negam, na prática, o direito de decidir quando [as mulheres] querem ter filhos ou não… O que é preciso é fazer cumprir e criar condições para o acesso generalizado à interrupção voluntária da gravidez, essa grande conquista da sociedade”.
Deixando alguns recados à direita, Paulo Raimundo, continuou, referindo que “os direitos da mulher não podem ser assegurados como se vê todos os dias pela política de direita. A igualdade no trabalho e na vida, é possível, é urgente e é necessária, mas só é possível com a retoma do caminho de abril e com a política alternativa da CDU”.
Raimundo fechou o seu discurso onde frisou que “não há democracia sem igualdade de direitos”.
No encerramento do evento, todo o auditório se levantou para cantar a célebre música de José Afonso, “Grândola, Vila Morena” e deu-se um momento de confraternização entre o líder comunista e os seus apoiantes.
Note-se que, ainda esta tarde, a CDU juntamente com Paulo Raimundo agendaram uma arruada na Afurada.