PEDIDOS DE CRÉDITO AUMENTAM EM GAIA

 Apesar do Instituto Nacional de Estatística (INE) situar a taxa da inflação, em abril passado, nos 5,7%, o custo de vida dos portugueses aumentou consideravelmente.

A Deco Proteste não é tão benevolente e, na comparação de cabazes alimentares, afirma que desde a semana passada para esta, este conjunto de alimentos aumentou 25 cêntimos, mesmo com a medida do ‘IVA zero’ estar em vigor. A mesma entidade vai mais longe quando refere que se compararmos os preços praticados a 23 de fevereiro de 2022, véspera do início do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, e a segunda semana de maio, verifica-se um encarecimento de 39,23 euros, ou seja, mais 21,36%.

Para isso, basta olhar para alimentos tão simples como cenouras e cebolas que estão 60% mais caros. A acompanhar esta situação estão as subidas das taxas de juro nos créditos à habitação, o que tem desencadeado momentos de desespero nas famílias portuguesas. Por essa razão, as pessoas tentam encontrar alternativas para combater este aumento de custo de vida. Os créditos às entidades bancárias têm sido uma delas, o que levou a um aumento considerável de pedidos. Vila Nova de Gaia não foge a este cenário e entre o último trimestre de 2022 e o primeiro de 2023 houve um aumento de pedidos que rondam os 43%.

Diferenças salariais de acordo com João Pereira, CEO da Gestlifes, este panorama socioeconómico tem algumas semelhanças com o que se viveu em 2008. Porém, refere que o ponto que distingue estas duas épocas é o facto da “Euribor estar em valores negativos desde 2015 e de as famílias não estarem preparadas para esta subida tão rápida nas suas prestações ao banco, por exemplo”.

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