PRESIDENTE DA CÂMARA PROMETE SOLUÇÃO PARA APEADEIRO DA AGUDA E ESTAÇÃO DA GRANJA
Muito pode ainda mudar em relação à obra da IP em Miramar, Grana e na Aguda até ao final de julho. O alerta foi deixado por Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, aos cidadãos que integram os movimentos cívicos contra a solução encontrada pela Infraestruturas de Portugal para o apeadeiro da Aguda e a estação da Granja,
Vasco Sousa (a usar da palavra na foto) e Joana Cunha foram os cidadãos que na assembleia se insurgiram contra a solução encontrada pela IP, que passa por passagens pedonais superiores de grande amplitude e pela construção de altas barreiras acústicas que podem vir a ser autênticos muros dividindo Miramar, Aguda e Granja. Foi lembrado que na requalificação do troço da Linha do Norte de Espinho a Gaia a IP serão dez em 13 as passagens inferiores (subterrâneas) que serão construídas com base no projeto que está a ser executado.
Joana Cunha dirigiu-se mesmo a Eduardo Vítor Rodrigues dizendo que o presidente da Câmara poderá ser "o carrasco" no que considera "um crime urbanístico". Eduardo Vítor Rodrigues não gostou e saiu da sala.
Quando voltou, mostrou-se agastado. "Além de ser presidente de Câmara, também sou uma pessoa", começou por dizer. "Nestes oito anos que levo aqui, acho que em prejuízo próprio, estou habituado a olhar para os problemas não como uma oportunidade de brilhar mas como um desafio para resolver e penso que não me tenho dado mal". disse.
"Vivemos, por exemplo, um drama que passou despercebido, que foi a brutal disputa pelas linhas de metro. O concelho de Gaia, que tinha um metrinho até Santo Ovídio, de repente as linhas de metro basicamente vieram para a Avenida da Boavista e para Gaia, mas Deus Gaia o que nós passamos para conseguir isto", contextualizou, relevando que Gaia é hoje o concelho da área metropolitana com investimento concretizado. "Ou a malta se põe em bicos de pé, somos os heróis disto tudo, isso é o que o povo tem de fazer, mas o meu papel não é o de andar aos berros, o meu papel não é o que quebrar pontes, é o de negociar", precisou.
Para revelar, apenas porque o assunto já tinha sido revelado por Vasco Sousa, que o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, já veio a Gaia reunir com o presidente e o vice-presidente da Câmara de Gaia e com representantes dos grupos de cidadãos, para debater um assunto que está ainda em aberto. "Não fomos nós que fomos a Lisboa, foi o IP que veio a Gaia", destacou o presidente da Câmara de Gaia.
"Alguém acredita que tudo se resolve no Facebook ou no Twitter? Quem fazia isto era o Trump. Mas vocês não elegeram um presidente da Câmara para este se armar!", atirou, sublinhando que o assunto está a ser negociado. "A reunião foi à porta fechada e não posso dizer o que se passou, no fim revelaremos tudo", revelou.
"Como sabem, o que ficou definido é que durante o mês de julho fecharemos um protocolo com a IP, assinado pelo ministro Pedro Nuno Santos, mas este não é o momento de estar a pôr cá fora o conteúdo da negociação", salientou.
"A solução a encontrar nunca será perfeita mas acredito que será uma boa solução", ainda deixou ficar Eduardo Vítor Rodrigues.