QUATRO MILITARES QUE SAÍRAM DE GAIA ESTÃO VIVOS
Quatro ex-militares que saíram de Vila Nova de Gaia estiveram várias horas sem contactar os seus familiares desde que esta manhã uma base militar em Novoyavorivsk, perto de Lviv e da fronteira com a Polónia, foi atacada por forças russas.
Sofya Markelov, amiga de alguns deles, revelou CNN Portugal que tinham sido infrutíferas todas as tentativas de contacto até ao início da tarde de hoje.
Mas a mesma estação de televisão acaba de revelar esta noite que os quatro portugueses e o luso-ucraniano que estavam na base militar de Yaroviv estão todos bem de saúde. A informação foi avançada por um familiar.
Nuno Machado, ex concorrente do Big Brother é um dos portugueses do grupo que partiu do seminário Cristo-Rei, em Gaia.
Pelo menos 35 pessoas morreram este domingo e 134 ficaram feridas num bombardeamento que ocorreu nesta base militar. A informação foi confirmada pelo governador militar da região de Lviv, Maxim Kozitsky: “Infelizmente, perdemos mais heróis: 35 pessoas morreram como resultado do ataque ao centro. Outras 134 estão no hospital com vários ferimentos.”
Trata-se do ataque aéreo russo mais próximo da fronteira com a Polónia, um país que pertence à NATO. A distância entre o local do bombardeamento, Novoyavorivsk, e a fronteira ucraniana-polaca é de apenas 26 quilómetros. O alvo do ataque russo foi o Centro Internacional para a Manutenção da Paz e Segurança, um local usado para o treino militar de forças que costumam participar em operações das Nações Unidas.
A Rússia, por seu turno, diz que bombardeamento à base militar com portugueses matou “pelo menos 180 mercenários estrangeiros” É para esta base que têm sido encaminhados todos os estrangeiros que chegam à Ucrânia, para se juntarem ao esforço de guerra ucraniano contra os russos. O espaço estava a servir como centro de integração e treino.
Os portugueses partiram no início da semana passada e terão chegado à Ucrânia na quarta-feira passada a Varsóvia. O grupo que partiu era constituído por quatro portugueses e um luso ucraniano, todos eles com experiência militar. Os portugueses ainda estariam na fase de treino e adaptação.
A falta de resposta a alguns contactos efetuados por quem conhecia estes voluntários e diariamente mantinha conversas com eles causou bastante preocupação.