RENDA MENSAL DO FC PORTO LEVANTOU QUESTÕES
O contrato celebrado entre a câmara de Gaia e o FC Porto relativamente ao uso do estádio Jorge Sampaio, em Pedroso, levantou algumas questões na reunião de câmara realizada na tarde de hoje. Em causa está o valor de 4500 euros mensais que os 'azuis e brancos' vão passar a pagar pelo usufruto deste equipamento desportivo.
Cancela Moura, deputado do PSD, considerou que " já se deu um avanço", mas não deixou de considerar esta renda "desproporcional face aos custos de manutenção, seguros, funcionário permanente, água e luz". Além disso, afirmou não compreender como é que o FC Porto no centro de estágio de Olival assegura toda a manutenção e no estádio Jorge Sampaio não.
Em jeito de resposta, José Guilherme Aguiar, vereador do Desporto, relembrou que a colocação do novo tapete de relva natural, com um custo de 75 mil euros, foi da responsabilidade total do clube portista. Além disso, salientou que caso o FC Porto não estivesse a usufruir deste estádio, mais valia a câmara mandar demoli-lo, pois nenhum outro clube tem a possibilidade de assegurar tais despesas.
Já Patrocínio Azevedo, vice-presidente da câmara, salientou que os "4500 euros são um valor discutível", mas que se traduzem numa receita de cerca de 10 mil euros, visto que o FC Porto tem a despesa de 5 mil euros mensais de manutenção do relvado. Além disso, relembrou que nos últimos cinco anos, o município já gastou cerca de 500 mil euros em manutenção, considerada da responsabilidade do senhorio, num equipamento que foi mal construído desde o início. Acrescentou ainda que para além do mau estado em que encontraram o estádio Jorge Sampaio, em 2013, ainda ajudam a junta de freguesia de Pedroso e Seixezelo a pagar a factura desta obra "mal projetada".
"Não é o protocolo ideal, mas é bem diferente do valor gratuito que herdamos em 2013. Podemos dizer que é uma tentativa de equilibrar a balança", referiu Patrocínio Azevedo.