SEGUNDA FASE DO ARRENDAMENTO ACESSÍVEL ESTÁ JÁ EM CURSO
No passado mês de abril, a Câmara de Gaia lançou um concurso no valor de 70 milhões de euros, para a aquisição e reabilitação de habitações para arrendamento acessível, ao abrigo do Programa de Arrendamento Acessível. Numa primeira instância, a Câmara adquiriu habitações, no valor total, a rondar os 30 milhões de euros, sendo que está já em curso novo procedimento, para gastar os restantes 40 milhões. "Lançamos um procedimento em abril para aquisição de habitações que estão no mercado, no valor de 70 milhões de euros. Embora o relatório final não esteja fechado, o preliminar diz que só conseguimos comprar 30 milhões. O que fizemos foi aproveitar o mês de julho, e quem sabe agosto, para lançar um novo procedimento, para gastar a segunda fase do dinheiro previsto, que são os 40 milhões. A minha convicção é que, e da maneira como as coisas estão a evoluir em termos de taxas de juro, as famílias fujam do crédito à habitação, havendo maior libertação de habitações para venda, para arrendamento acessível", disse o presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, no final da reunião de Câmara, desta segunda-feira.
Vila Nova de Gaia foi o primeiro município a avançar com esta medida, o que poderá ter sido motivo de dúvida para o mercado, na opinião do presidente. "Oeiras lançou a primeira edição a semana passada, Guimarães também, e nós fomos cobaias. Numa primeira fase, o mercado não reagiu tão fortemente. Mas mesmo que comprássemos tudo, não conseguiremos dar resposta às necessidades das pessoas", destaca ainda o presidente.
Este procedimento destina-se às famílias jovens de classe média, para combater os altos preços do arrendamento, e reforça a importância da resposta do mercado imobiliário. "As habitações vão ficar no património da Câmara Municipal, e isso é uma mais valia. E dada a pressão das famílias à procura de arrendamento acessível, tendo em conta os preços inacreditáveis que estão no mercado, é uma urgência. Vamos divulgar de novo e mostrar a credibilidade do programa, que é nacional. Talvez estejamos a ser vítimas de termos avançado numa primeira fase, com o mercado a ter dúvidas. Hoje em dia, não há razões para ter dúvidas, pois é seguro para quem vende", completou Eduardo Vítor Rodrigues.
A gestão do arrendamento é feito pela Gaiurb, e os 70 milhões de euros são comparticipados na íntegra, a fundo perdido pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Depois desta segunda iniciativa, para ano, Gaia terá mais 70 milhões de euros para investir, nas mesmas condições.