COMO REFORMAR O FUTEBOL
Houve uma grande dose de abraços e trocas de pontos de vista entre figuras de várias modalidades e de várias entidades do Desporto a anteceder a reflexão "A Reforma do Futebol Português", a 4 de outubro, à medida que a Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés Gaia enchia de curiosos para assistir à reflexão sobre o tema. Jerry Silva, impulsionador da iniciativa, constatou que "o futebol serve para unir e não para dividir", realçando que o quarto debate do Ciclo de Conferências 'Pensar no Desporto', dinamizado pela Associação Nacional de Dirigentes de Futebol e Futsal (ANDIF), suscitava interesse. Hermínio Loureiro, da Federação Portuguesa de Futebol, e Nuno Lobo, presidente da AF Lisboa, foram os protagonistas da sessão moderada por Luís Branco, comentador da BTV.
Nuno Lobo enalteceu a necessidade de "um Plano Nacional do Desporto, que inclua o Estatuto do Dirigente. A Federação devia ter isso em cima da mesa e o Estado tem de ter verdadeiramente um plano para o Desporto", instou.
Hermínio Loureiro deu força à ideia porque "o desporto tem de ser encarado como prioridade nacional, sem preconceitos em relação ao futebol", e defendeu a criação de um atlas "para quantificar os equipamentos desportivos de Portugal" como ponto de partida para "repensar a distribuição de recursos".
Também defendeu "reformular os quadros competitivos e reduzir o número de clubes na I Liga", ao longo de um debate onde foi abordada a centralização dos direitos televisivos, a "carga fiscal brutal para os clubes", o custo "exagerado" dos bilhetes e a "importância de vender bebidas alcoólicas nos estádios de futebol".