Abrir... devagarinho
Esta foi uma semana de muitos temas. Daquelas em que se quer selecionar um para abordar e não se consegue. A opção é falar de vários. Começamos com parabéns ao gaiense Lenine Cunha que obteve mais uma medalha de ouro para o país, colocando Gaia e Oliveira do Douro num patamar de relevo, tal, aliás, como Patrícia Mamona, Pedro Pichardo e Auriol Dongmo que também conquistaram medalhas de ouro para Portugal no Campeonato Europeu de Atletismo de pista coberta, na Polónia. Entretanto, o Papa teve a coragem de se deslocar ao Iraque e mostrar ao Mundo, as assimetrias de que ele é composto, evidenciando os horrores da guerra e as divisões em que os humanos estão mergulhados. Na terça feira, Marcelo tomou posse para mais um mandato que se espera um pouco mais atribulado do que o anterior, considerando não só a pandemia, mas, igualmente, as eleições legislativas que podem mudar o xadrez político. Para evitar ser ‘infetado’, Cavaco ‘saiu de fininho’ da cerimónia, sem avisar, evitando cumprimentar Marcelo, depois de dias antes ter falado numa “democracia amordaçada”. Excelente lição democrática deu Cavaco com aquele gesto. E quarta feira? Bom, um momento épico protagonizado pelo FC Porto de Sérgio Conceição que levou Pinto da Costa às lágrimas. Um momento para emoldurar, não só pela vitória em si, mas, sobretudo, pela forma como foi conseguida. Foi pena que alguns comentadores, em vez de se perderem em elogios ao FC Porto, que bem os mereceu, se tenham entretido a falar da fraca exibição de Cristiano Ronaldo como que se o que ele tem feito de muito bom se possa apagar num jogo menos conseguido! Termino com esperança. Afinal, ao contrário do que se dizia, Costa tinha um plano. Um plano que permite a abertura do país... devagarinho. Com cautelas a economia olha para a pandemia com alguma esperança. Abre já na segunda-feira uma parte. As outras têm datas anunciadas. Assim o comportamento individual de cada um de nós o permita