Taça, sem. Champions, com!

Portugal vai, mais uma vez, receber uma final da ‘Champions’. É bom! Muito embora, ao que parece, os ingleses virão numa ‘bolha’ e, portanto, a economia que tanto precisava que eles a ajudassem, não terá, por aqui, qualquer retorno. Há, todavia, alguns que vieram fora da ‘bolha’ pelo que teremos sempre alguma animação.
E por que é que a final é no Porto? Sim, somos o país da Europa com menos casos COVID. Mas, ficou claro, que a UEFA impôs público no estádio e Portugal aceitou. Até aqui, nada de mal. Pelo contrário.
O pior foi que o governo tentou, para justificar o público nas ‘Champions’, permitir adeptos na última jornada, tendo arranjado, com a conivência da Liga, uma ‘revolta’ por parte dos clubes, uma vez que consideravam - e bem - que uns seriam beneficiados e outros, os que não jogassem em casa, prejudicados. Por isso, arrepiaram caminho.
Mas, vá lá entender-se porquê, esqueceram-se que temos, amanhã, em Coimbra, a final da Taça de Portugal, entre o Braga e o Benfica. Sem público!
A questão é esta: por que motivo a final da ‘Champions’ pode ter público e a Taça de Portugal não? Não, não encontro nenhuma justificação plausível. Todas as que têm sido dadas, até pelo Secretário de Estado do Desporto, são incongruentes.
Também na Taça seria possível permitir, apenas, aos adeptos que tivessem bilhete, passar o perímetro alargado que a PSP podia fazer. Como o fez, aliás, no Benfica-Sporting que, como se verificou, correu muito bem.
Ora, em Coimbra, amanhã, se houvesse organização atempada, o evento tinha tudo para correr bem. É um campo neutro, fora das cidades de onde são provenientes as equipas que participam no jogo e, assim, parecem-me reunidas condições para que houvesse público no estádio ( pelo menos 10% da lotação) e se fizesse festa.
Não sendo assim, é uma pena.