Adesão dos médicos à greve em Gaia não paralisa hospital
A adesão à greve dos médicos, convocada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) esta sexta-feira, "é de 80% a nível nacional", informou fonte da FNAM ao jornal O Gaiense.
Relativamente a Gaia ainda não existem dados oficiais, no entanto “o serviço de urgência do Hospital Santos Silva tende a funcionar com trabalho exigente e os médicos do quadro e internos vestem a camisola e dão o seu melhor”, sustentou Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM. Pelo que foi possível apurar, vários serviços no Hospital Eduardo Santos Silva estão assegurados, incluindo Oncologia.
O Gaiense falou com alguns utentes que estavam na unidade de saúde e houve quem confirmasse que a sua “consulta de oftalmologia foi adiada devido à greve e ainda não informaram quando será agendada”. Outros utentes mantinham-se à espera de resposta se teriam ou não consulta. “Na secretaria informaram que o serviço de oncologia está assegurado”, destacou a esposa de um paciente que estava a fazer tratamento.
A génese da greve remonta à reunião de 16 de outubro entre o sindicato e a ministra da saúde, Ana Paula Martins. “Os médicos foram empurrados para a greve porque as expectativas abrangiam obter mais médicos para o serviço nacional de saúde, assim como salários justos e condições dignas, e tal não se verificou”, reivindicou Joana Bordalo e Sá, para quem esta greve é “um grito de alerta porque é necessário manifestar para proteger o serviço nacional de saúde e assegurar os médicos".
