ÁTRIO DA ESTAÇÃO DE S. BENTO ESTÁ UM ESPETÁCULO
O átrio principal da Estação de S. Bento está como há muito não o via.
O interior do vestíbulo foi pintado e recuperou a tonalidade original, determinada pelo resultado das sondagens realizadas, as quais evidenciaram a preexistência de duas tonalidades, um castanho e um amarelo,
A cor final do átrio resultou também da sua conjugação com o friso de azulejos que faz o remate do teto com as paredes, tendo sido em conta a manutenção do relógio.
Os trabalhos tiveram o acompanhamento da Direção Regional de Cultura do Norte, visto tratar-se de um imóvel classificado desde 1997 como de Interesse Público.
A Estação Ferroviária de Porto - São Bento, igualmente denominada Estação de São Bento, e originalmente Estação Central do Porto, é uma interface da Linha do Minho, que serve a cidade do Porto, em Portugal.
O átrio principal da estação está revestido de azulejos de temática histórica.[6][4] Cobrindo uma superfície de cerca de 551 m², representam, principalmente, cenas passadas no Norte do país, estando retratados, entre outros aspectos, o Torneio de Arcos de Valdevez (painel Batalha de Arcos de Valdevez), a apresentação de Egas Moniz com os filhos ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, no século XII, a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto (painel Entrada de João I no Porto), em 1387, a Conquista de Ceuta, em 1415, e a vida tradicional campestre (painéis Vistas e Cenas Rurais); um friso colorido (História dos Transportes) dedica-se à evolução dos transportes em Portugal, concluindo com a inauguração dos caminhos de ferro.[8][12] Foram produzidos na Fábrica de Sacavém[12] e instalados entre 1905 e 1906 pelo artista Jorge Colaço, que, nessa altura, se afirmava como o mais popular azulejador em Portugal.[6] Os azulejos apresentam um estilo típico da Arte Nova, utilizando cores muito claras, conhecidas como cores-pastel.[13]
Além dos azulejos, outros aspetos a destacar na estação são a cobertura sobre as vias e a monumental fachada,[3] que, como a maior parte das obras de Marques da Silva na cidade do Porto, apresenta uma forte influência francesa, que se verificou especialmente nas torres laterais, com um estilo típico da Escola de Fontainebleau, oscilando entre a Arquitectura renascentista e a Belle Époque.[14].