Móveis do Palacete a inovar com clientes
Os doces à porta da loja da empresa Móveis do Palacete, o sorriso do proprietário e fundador Américo Monteiro, acompanhado pela esposa, e as mensagens de "muitos parabéns" dos clientes a ecoar entre os artigos em exposição ou dos votos de sucesso oriundos do lado de fora do vidro do espaço no número 47 da Rua Fernandes dos Anjos, no Candal, deixados por quem ali passava, tornaram a terça-feira especial para este negócio que celebra 50 anos de vida.
A 11 de novembro de 1975, com 24 anos de idade, Américo Monteiro recorda como criou a empresa e como superou os desafios de um período em que chegou a estar desempregado, após ter sido responsável por uma fábrica especializada na arte em que, "de nível na mão", começou a "aprender com os mais velhos e a fazer as coisas por mim, com rigor", aos 17 anos.
Num percurso pautado por debelar desafios económicos e adaptar os produtos, foi o espírito de inovação e a visão estratégica de Américo Monteiro a moldar o sucesso do negócio, assente na "experiência, credibilidade e dedicação", além do "respeito pelo trabalho, proximidade com as pessoas e compromisso com a excelência".
Nos primeiros 20 anos, a empresa dedicou-se ao fabrico de mobiliário e "construiu uma reputação sólida alicerçada na qualidade, no rigor e no saber".
Na segunda fase, o Móveis do Palacete voltou-se para a área comercial, com criação de mobiliário personalizado e feito à medida, "sempre com a mesma atenção ao detalhe que esteve na sua origem. Ouvir o cliente, compreender o espaço e transformar ideias em peças", todas desenhadas à mão por Américo Monteiro, que guarda todos os documentos com rigor, permitiu "unir estética e funcionalidade".
Saúde e amor aos móveis
Aos 74 anos, o amante de psicologia continua a ler livros e a fazer exercício físico todos os dias e a ser "apaixonado por esta arte. Sinto-me feliz. Cinco décadas depois, os Móveis do Palacete permanecem fiéis à sua missão: criar mobiliário que transforma espaços e continua a contar histórias, com identidade e alma".