"NÃO PODEMOS COMETER ERROS DO PASSADO"
Sandim, Olival, Lever e Crestuma recebeu o 4.º ciclo de Presidências Abertas, um roteiro que começou, como tem sido habitual, com uma reunião com o executivo da freguesia, onde foram elencados os principais problemas e as prioridades de atuação para este território do concelho. "É determinante ouvir os autarcas. Aliás, este é um momento mais de ouvir do que propriamente de falar”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia.
Seguiram-se algumas visitas a instituições locais para contacto direto com as suas realidades e auscultação de principais necessidades, nomeadamente a sede da Associação de Socorros Mútuos Nossa Senhora da Esperança, o Centro Social de Sandim ou os Bombeiros Voluntários de Crestuma. O executivo seguiu no terreno para o acompanhamento da obra em curso do futuro complexo desportivo do Futebol Clube de Crestuma, uma infraestrutura que, após mais de duas décadas de promessas, está finalmente a acontecer. Este projeto vem permitir a melhoria das condições de treino e de jogo, assim como a captação de jovens atletas, numa resposta mais eficaz e atrativa aos desafios futuros. As visitas terminaram com uma passagem pelos terrenos da Quinta do Casalinho, uma quinta histórica, situada junto à povoação de Arnelas.
Na sessão da noite com instituições e população local, a reabilitação da rede viária foi tema de debate. Haverá sempre uma rua por reabilitar, e a reabilitação será sempre uma preocupação, mas o investimento na rede viária está à vista e, segundo Eduardo Vítor Rodrigues, "garantidamente, temos ruas, nestas quatro freguesias, que nos orgulham muito”. No entanto, "tem de existir um justo equilíbrio entre as intervenções que fazemos nas ruas e as políticas sociais que temos implementado”.
Também o processo de desagregação de freguesias esteve no foco do debate, com preocupações no que respeita ao futuro desta união. Eduardo Vítor Rodrigues deixou a garantia de que a Câmara está atenta ao processo. "Deve haver uma ronda de auscultação das pessoas para não cometermos os mesmos erros do passado. Compete aos cidadãos e às instituições fazerem ouvir as suas vontades”, disse.
O futuro da zona industrial de Sandim, a revisão do PDM, a reabilitação do bairro da EDP em Lever ou o problema dos transportes públicos naqueles territórios foram outros dos principais problemas levantados por um público muito participativo e preocupado. De Manuel Azevedo, presidente da união de freguesias, foi deixada uma certeza: "estive atento a tudo o que foi aqui exposto. Percebi que todas as questões levantadas tiveram o seu devido esclarecimento”.
"As nossas convicções não são certezas absolutas. É impossível ter recursos para tudo. Mas é possível ouvir e adequar sempre as medidas que tomamos aos contextos. Temos desafios velhos, as ruas. Temos desafios novos, os transportes. E teremos sempre os desafios do coração, que não escondo que é a educação e a ação social”, concluiu Eduardo Vítor Rodrigues.