
O INFERNO BATEU À PORTA DE GAIA
“Está tudo a arder”. Foi com esta frase simples, dorida e aflita que nos atenderam no Centro Municipal de Gaia onde se fazia a gestão dos efetivos e dos fogos do concelho.
Segunda-feira, o dia em Gaia amanheceu cinzento, com um 'cogumelo de fumo' que assustava o olhar e dificultava a respiração. O vento era forte, o calor também, o que criava um cenário propício para que os fogos deflagrassem. Com o passar das horas, o cenário tornava-se mais e mais dantesco, o que levou ao encerramento das escolas e dos jardins-de-infância do Agrupamento de Escolas de Valadares, devido à falta de qualidade do ar.
Casa datada dos séculos XVII e XVIII foi consumida pelas chamas na Rua Miguel Bombarda, em Avintes.
Uma linha de tempo escrita com dor e medo
Em Gaia valeu a resposta pronta do Batalhão de Sapadores Bombeiros de Gaia e das seis corporações gaienses de voluntários, a par das ações da Polícia Municipal, PSP, GNR e populares.
Na segunda-feira, os incêndios na Madalena (junto ao Parque de Campismo de manhã, e, durante a madrugada de terça-feira, junto ao local onde habitualmente se realiza o Festival Marés Vivas), Monte da Virgem, Lugar do Curral (Grijó e Sermonde) e Lugar de Espinhaço, em Avintes, suscitaram maior preocupação. Na manhã de terça-feira, também se destacou o reacendimento do incêndio em Vila D'Este, na Praceta Eça de Queirós, junto à estação de metro de Vila D'Este que já tinha começado no dia anterior. Já em Olival, durante a tarde, houve intervenção célere das autoridades para extinguir um incêndio na Rua Pedra Moura.