RECEITA DA CÂMARA DE GAIA EM 2021 TOCOU OS 200 MILHÕES DE EUROS

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19-04-2022 | 17:55 | | |

RECEITA DA CÂMARA DE GAIA EM 2021 TOCOU OS 200 MILHÕES DE EUROS

Escrito por O Gaiense

O Relatório de Atividades e Conta de Gerência de 2021 do Município de Gaia foi aprovado na reunião de câmara de 18 de abril, com oito votos a favor e dois contra. O documento revela um resultado líquido positivo de mais de 14 milhões de euros, num acréscimo de mais 10 milhões face a 2020.

"O município encerrou o ano de 2021 com um resultado líquido positivo de 14.385 milhares de euros, registando um aumento de 10.668 milhares de euros face ao resultado atingido em 2020", lê-se no relatório, que acrescenta que "o resultado líquido de 2021 revela uma significativa recuperação face ao ano anterior, cujo valor apurado de 3.716,8 milhares de euros foi o reflexo de um ano atípico, decorrente da alteração de normativo contabilístico, com impacto direto nos gastos do período, assim como através do aumento dos gastos decorrentes do estado pandémico vivenciado”.

As contas de 2021 da Câmara Municipal revelam, também, um aumento de 13,9% da receita total, para 197 milhões de euros, enquanto o grau de execução é de 83,8%. "Voltámos a encerrar o ano de 2021 com as contas no verde, ou seja, cumprindo os limites do endividamento impostos pela lei”, acrescenta o documento.

No relatório lê-se ainda que "ao longo dos três anos anteriores, as taxas de execução orçamental ficaram acima da fasquia dos 85%”, enquanto "em 2021, o grau de execução orçamental da receita cifrou-se em 83,8%”. As receitas correntes constituem a maior fatia do total das receitas (77,13%). Já as receitas de capital correspondem a 13,03%.

Já na receita fiscal, verificou-se um aumento de 15,3%, ascendendo a cobrança de 2021 a 99,8 milhões de euros, isto comparado com os 86,6 milhões registados em 2020. Um crescimento que resulta, essencialmente, do aumento de investimento que se tem verificado em Gaia.

As despesas de funcionamento apresentaram, em 2021, um decréscimo de 1,18% e com um peso relativo de 48,22%, representando um valor de 81,5 milhões de euros. Dentro das despesas de funcionamento, os valores gastos com o pessoal assumem o maior peso, totalizando 46,2 milhões de euros (27,32%).

"O serviço da dívida [valores que refletem gastos inerentes a juros e amortizações de capital decorrentes de financiamentos bancários] tem vindo a perder importância relativa, apresentando um peso de 11,71% em 2021, enquanto em 2018 estes encargos representavam cerca de 24,11% da despesa total”, refere ainda o documento.

No que diz respeito ao investimento global, no ano passado mais de 83% do investimento foi direto e 16,58% dedicado a transferências de capital.

Importa ainda recordar, conforme é salientado no relatório, que o exercício económico e financeiro de 2021 "foi fortemente marcado pelas adversidades causadas pela atual situação pandémica vivenciada, originando a tomada de decisões fundamentais na concessão de apoios na área social, na educação, na saúde e habitação, entre outros”.