AFONSO CUNHA - "SINTO-ME INJUSTIÇADO"
Afonso Cunha, médio de 22 anos do Coimbrões, foi apanhado de surpresa com o castigo de que foi alvo, por parte da AF Porto. O jogador foi suspenso por cinco meses, no seguimento da expulsão na partida frente ao Oliveira do Douro, disputada a 30 de abril e que terminou empatada a zero, referente à última jornada da primeira fase do campeonato.
Depois de um mês suspenso preventivamente, enquanto aguardava decisão por parte da associação, o jogador voltou aos relvados no último sábado, no jogo frente ao Aliados de Lordelo, que terminou com derrota dos gaienses por 2-1. Contudo, a circular de castigos da AF Porto da última segunda-feira, dá conta dessa suspensão.
"Isto é algo que nunca aconteceu. Ridículo mesmo. O lance nunca aconteceu dessa forma, nunca agredi ninguém, muito menos ao pontapé, como diz o relatório do árbitro. O que aconteceu foi um toque inadvertido no jogador do Oliveira do Douro que estava caído no chão", explica o jogador.
O lance aconteceu ao minuto 79' desse dérbi com o Oliveira do Douro. Humberto Teixeira, árbitro da partida, foi chamado pelo seu assistente, expulsando Afonso Cunha de seguida. "O árbitro nada viu e foi chamado pelo assistente, que lhe disse que calquei a cabeça do adversário. No relatório, escreveu que havia pontapeado a cabeça do jogador que estava no chão. Não se compreende", detalha Afonso Cunha. "Sinto-me injustiçado, mas já me sentia no momento da expulsão, pois não aconteceu nada daquilo", acrescenta o médio formado no clube e que representa os seniores há três temporadas, depois de passagens por Fátima e Valadares Gaia.
Afonso Cunha já recorreu da decisão da AF Porto. "Fiz uma exposição, juntamente com o apoio do meu advogado. Não dá para voltar atrás e retirar-me a expulsão, mas pelo menos vamos tentar uma redução da pena", explicou o atleta. Contas feitas, Afonso Cunha regressará à competição apenas em outubro, uma vez que o mês que esteve suspenso preventivamente, já fará parte deste castigo.
O Coimbrões recebe este domingo, a partir das 16h, o Oliveira do Douro, numa partida decisiva para as aspirações dos oliveirenses, já que o Coimbrões está arredado da luta pela subida. Apesar disso, Afonso Cunha realça o trabalho da equipa, em prol de um objetivo. "Foi uma época de trabalho. Foram 10 meses a lutar pelo objetivo de subir de divisão. Foi uma época difícil, pois toda a gente nos queria ganhar, o que se aceita, já que éramos dos principais candidatos à subida. Chegamos a esta fase com todo o mérito, mas há coisas que não se entendem. Em cinco jogos temos já oito expulsões. Não somos assim tão agressivos", destaca. "Não nos deixaram competir. Contra o Aliados de Lordelo temos um golo anulado que não faz sentido e é marcado um penalti contra nós, inexistente. Tudo isso dificultou ainda mais a nossa tarefa. Foi uma época que não teve o desfecho que queríamos", concluiu Afonso Cunha, que ainda não definiu o futuro. "Falta um jogo e é nisso que estamos focados. Depois será descansar e refletir para a próxima época", afirmou.
