A EVOLUÇÃO DOS TEMPOS
A 30 de agosto, exatamente três anos após a morte de Alexandre Paes do Amaral, ex-vice-presidente da FPF e sócio número 2 e fundador da Associação Nacional de Dirigentes de Futebol e Futsal (ANDIF) há 30 anos, realizou-se uma homenagem a título póstumo por parte da ANDIF. O momento antecedeu o debate "O Futebol e a orgia do poder", do Ciclo de Conferências 'Pensar no Desporto', que contou com o jornalista Pippo Russo e o consultor técnico e pedagógico Aníbal Styliano como oradores, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés Gaia.
Foi o "tema ideal" para completar a homenagem a título póstumo a Alexandre Paes do Amaral, segundo Diamantino Gonçalves, presidente da ANDIF. "Tivemos a preocupação de trazer convidados que honrassem bem Alexandre Paes do Amaral. Foi uma homenagem sentida e natural. Só vai crescer e ter futuro quem honra o passado. Não podíamos perder a oportunidade de homenagear Alexandre Paes do Amaral.
Papel dos agentes em foco
No debate, moderado pelo assessor de comunicação Rui Cerqueira, os benefícios e problemas associados à existência de agentes do futebol estiveram em foco. "Em que outra indústria um agente externo toma decisões tão importantes?", questionou o italiano Pippo Russo, autor do livro 'Orgia do Poder'. Acredita que "as estruturas de poder semelhantes à de Jorge Mendes estão a desaparecer, em 10 anos não veremos mais". Justificou com o "aparecimento dos grupos de clubes gigantes e a transformação do futebol numa economia de entretenimento, que se mistura com o mundo do espetáculo e música". Já Aníbal Styliano lembrou que "um agente presta um serviço como serviço, o problema é a propriedade das pessoas", apontando aos agentes que rodeiam as camadas jovens, e "as vaidades dos pais que colocam os filhos como troféus".
