HIPOPÓTAMO-PIGMEU NASCEU NO ZOO DE SANTO INÁCIO E PODE SER AVISTADO A PARTIR DE HOJE

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30-07-2024 | 09:42 | | |

HIPOPÓTAMO-PIGMEU NASCEU NO ZOO DE SANTO INÁCIO E PODE SER AVISTADO A PARTIR DE HOJE

Escrito por Diogo Ferreira

A partir desta terça-feira, quem visitar o Zoo de Santo Inácio, em Gaia, já pode avistar um hipopótamo-pigmeu macho recém-nascido, a 13 de fevereiro. Tratou-se de um nascimento de um exemplar de uma espécie em vias de extinção, que está inserida no Programa Europeu de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP) da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA).

Segundo o Zoo de Santo Inácio, apenas um em cada 10 nascimentos nesta espécie resultam em machos. Os hipopótamo-pigmeus, originários da Libéria e Costa do Marfim, está em perigo de desaparecimento devido à caça intensiva e desflorestação, com as florestas da sua área de distribuição histórica a serem exploradas, cultivadas e convertidas em plantações (borracha, café e óleo de palma). A restante floresta está fragmentada, deixando as populações de hipopótamos pigmeus isoladas, com consequências demográficas e a maior suscetibilidade de pequenas populações à extinção local. 

Em Gaia, o hipopótamo-pigmeu de sexo masculino nasceu após 188 dias de gestação (pouco mais de seis meses) com um peso aproximado de 7.4 kg e, passado um mês, já pesava 18kg. Chama-se Roki e é a quarta cria do casal Romina e Kibwana, que já foram avós de pelo menos dois animais noutros parques zoológicos.

Até esta terça-feira, Roki esteve na sua recolha para receber os cuidados maternais exigidos nos primeiros meses de vida, e a adaptar-se à vida na água, característica desta espécie.  

Teresa Guedes, diretora do Zoo Santo Inácio, explica que “este nascimento é particularmente especial para todos nós. Estima-se que existam menos de 2500 hipopótamos-pigmeu em todo o mundo, estando a espécie classificada como Em Perigo, pelo IUCN. Cada nova vida representa uma oportunidade para garantir o futuro da espécie e mostra que estamos no caminho certo no compromisso que assumimos com a conservação das espécies, especialmente as ameaçadas de extinção”.  

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