56 ANOS A APOSTAR NA INOVAÇÃO E A PENSAR NOS CLIENTES

Esta semana, a Vidraria Central das Devesas (VCD) fez 56 anos. Joaquim Moreira apagou as velas e lembrou um percurso de vida feito de resiliência, batalhas travadas a pulso e uma luta que persiste para que a empresa continue a crescer e a ser o porto seguro de todos os que lá trabalham. 

A força da família e dos colaboradores
Rodeado da família e dos colaboradores, o proprietário da empresa recuou até à altura em que teve o seu primeiro contacto com a vidraria: “Comecei a trabalhar nesta empresa com 15 anos, foi aqui que aprendi a ser profissional por inteiro. Os meus patrões foram envelhecendo e passados oito anos assumi a gerência e acabei por comprar a vidraria”, disse o nosso entrevistado, salientando que “antes dessa aquisição saí durante um ano para me estabelecer por conta própria, também nesta área. No entanto, depois da minha saída, a empresa ficou sem soluções e foi entrando em declínio. Depois de muita pressão, acabei por voltar, mas desta vez como sócio com um dos antigos membros, até me tornar o único proprietário”.

Foi graças ao seu espírito empreendedor e visionário que Joaquim Moreira deu um novo impulso à VCD apostando no crescimento da empresa através da inovação (com aquisição de máquinas modernas) e na especialização do pessoal. “Tenho empregados que estão comigo desde o início”, garante, apontando para uma das falhas que considera “graves no setor. Não há mão de obra especializada, o Governo deve promover esse tipo de formação que não existe em certas áreas e depois as pessoas também têm de ter vontade de aprender”.

O futuro passa pela inovação
O caminho foi sempre apostar em coisas novas que fossem alternativas viáveis para os clientes.
Com duas instalações, uma nas Devesas (parte de retalho ao público) e outra em Grijó/Serzedo, onde funciona a parte da indústria de temperados e de laminagem, a Vidraria dá emprego a 22 colaboradores que funcionam dentro de um espírito de família e com a criação de um bom ambiente entre todos.
A Vidraria Central das Devesas trabalha todas as áreas dos vidros, num trabalho fundamentalmente destinado ao mercado nacional, embora crie para outras empresas que são intermediárias para a vertente internacional.
“O futuro empresarial é uma incerteza, necessitamos de um governo estável para que isso se repercuta nas PME: um governo estável promove crescimento e incentiva as empresas, pois as pessoas confiam e isso promove desenvolvimento”, alertou. O sócio gerente da VCD mostrou-se satisfeito por ver a sua obra assegurada através do trabalho das duas filhas, Andreia e Marisa, que prosseguem o caminho para continuar a cumprir o lema do seu pai: “Fazer bem e fazer o que os outros não fazem”. 

Notícia na integra na edição impressa nº 1146.