AD UNIDA EM ESFORÇO PARA VIRAR TENDÊNCIA SOCIALISTA NA AFURADA

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07-03-2024 | 13:35 | | |

AD UNIDA EM ESFORÇO PARA VIRAR TENDÊNCIA SOCIALISTA NA AFURADA

Escrito por Diogo Ferreira

Bandeiras a esvoaçar, confetti em abundância e colares de flores não faltaram na receção da Afurada a Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD), na manhã desta quinta-feira. A chuva deu tréguas no momento da chegada do candidato a primeiro-ministro, mas os planos de arruada já tinham sido alterados para uma sessão no auditório da junta de freguesia de S. Pedro da Afurada.

Ladeado por Miguel Guimarães, ex-bastonário da Ordem dos Médicos e líder da lista da AD pelo Porto, Nuno Melo, presidente do CDS-PP, vários candidatos do PSD pelo círculo do Porto, Luís Montenegro foi abraçando os populares no Mercado da Afurada. Também Rui Rocha Pereira, líder do PSD Gaia, participou na iniciativa.

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Na multidão ia-se destacando o antigo líder do PSD e ex-presidente da câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes. Foram dele as primeiras palavras no salão da junta: “Esta improvisação é um sinal do que Montenegro representa para o país, é a necessidade de arregaçar as mangas e ser como os pescadores da Afurada que vão para o mar com bom ou mau tempo”.

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Sabendo da tendência dos eleitores da Afurada em optar pelos socialistas - por exemplo, nas últimas eleições legislativas, em 2022, em que o PS obteve 44% dos votos contra 28% do PSD nesta freguesia - Luís Filipe Menezes não poupou na retórica para convencer a população a votar na AD. Ao lembrar as palavras do candidato socialista Pedro Nuno Santos, que acusou Montenegro de “não ter experiência governativa”, Menezes expôs o caso: “Muitas vezes a Afurada vota nos socialistas – e bem –, não acredita nos partidos cegamente. A Afurada votou em Mário Soares que nunca tinha sido primeiro-ministro. Votou em Francisco Sá Carneiro e que nunca tinha sido primeiro-ministro. Têm boas razões para não votar no candidato a primeiro-ministro do PS. Pedro Nuno Santos ele sim, já governou e já mostrou que não sabe governar”, vincou.

Os rasgados elogios a Luís Montenegro foram precedidos da revisão histórica acerca do trabalho desenvolvido pelo PSD na Afurada entre 1997 e 2013, período em que Luís Filipe Menezes presidiu a autarquia gaiense. "Podem fazer a comparação com aquilo que mudou entre 1997 e 2013 e tudo aquilo que estagnou de 2013 até 2024. Foi muito mais fácil receber a câmara em 2013 do que em 1997", defendeu Montenegro, que diz reconhecer "um trabalho absolutamente fantástico do ponto de vista da gestão da câmara".

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Luís Montenegro cumprimentou ainda "a Afurada, uma terra especial, de gente linda", e reforçou a promessa de não cortar nas reformas: “Aos reformados e pensionistas, quero reafirmar solenemente o meu compromisso. Vamos garantir um rendimento mínimo a cada reformado nunca inferior a 820 euros. Mas quando falo para os reformados sei que não estão apenas preocupados com o dinheiro da reforma”. O líder da AD prosseguiu com outra medida do seu programa - "temos uma medida para garantir a comparticipação de medicamentos a 100% para algumas faixas etárias e para algumas doenças crónicas” - já depois de lembrar a pesca: “Não vamos esquecer todas as entidades económicas, incluindo as Pescas. Colocamos a agricultura como um setor estratégico. E a pesca entra nesse conceito. Queremos um país produtivo”, afirmou Luís Montenegro, que ainda teve tempo para referir que "a igualdade de género é também um pilar da igualdade de oportunidades”.

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Luís Montenegro não ficou foi para o momento de dança protagonizado pelo Rancho Folclórico da Afurada no salão, à medida que este espaço se ia esvaziando. A comitiva seguiu para um almoço em Gondomar, antes da arruada por Santa Catarina, no Porto, onde a caravana socialista também tinha agendada uma ação de campanha.

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Esta ação da Aliança Democrática na Afurada aconteceu três dias depois do Partido Socialista ter dinamizado uma arruada com centenas de pessoas a desejar a Pedro Nuno Santos "boa sorte".

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