
MERGULHO NA ESCURIDÃO
Cinemas, teatros e auditórios fechados, as coletividades sem conseguirem fazer teatro, promover o folclore ou a atividade musical. Tudo isto a pandemia quase levou. Mas, segundo a vereadora da Cultura da Câmara de Vila Nova de Gaia, “não houve uma travagem, houve, sim, uma adaptação”.
No caso concreto dos espaços culturais do concelho, os auditórios, por exemplo, estiveram quase sempre fechados “mas para além dos espetáculos gravados sem público, tivemos espetáculos gravados com público com excelentes audiências”.
A autarquia está “muito satisfeita” com os resultados destes espetáculos que foram transmitidos. “Até comentámos que conseguimos ter dez vezes mais espetadores por via digital do que tendo as nossas salas cheias”, refere a engenheira Paula Carvalhal.
“Não temos por que não continuar com estes modelos digitais”, refere a vereadora da Cultura. Os espetáculos em formato digital vieram, por isso isso, “para ficar” mas não invalidam os espetáculos com público presente, como se pretende fazer já com mais uma edição do festival de dança DDD e com o festival de teatro FITEI.
Os “Concertos Fora do Sítio” tiveram duas séries com artistas de dimensão nacional - como aconteceu, por exemplo, com Miguel Araújo - mas os concertos com músicos gaienses também conheceram grande regularidade, tendo como palco o Cine Teatro Eduardo Brazão, em Valadares. E na noite de Natal Pedro Abrunhosa deu um concerto desde os seus estúdios em Canelas.