"UM DIA ACORDAMOS COM AS BOMBAS A CAÍREM AO LADO DA NOSSA CASA"

Paulo Fonseca regressou da Ucrânia no início de março, acompanhado pela mulher e pelo filho, Martim, de 2 anos de idade, vindo mais precisamente da cidade de Kiev, onde vivia. Katerine esteve com ela na gala de       O Gaiense, subiu ao palco na companhia do marido e quis também dizer algumas palavras num palco onde estavam uma bandeira de Portugal e outra da Ucrânia.

Em inglês, Katerina agradeceu “de todo o coração” o que estava a acontecer e também tudo o que povo português tem feito pelo povo ucraniano, mantendo em aberto um canal de ajuda no envio de bens, roupas e medicamentos e acolhendo centenas de refugiados da guerra. “Este é um momento difícil mas estamos todos juntos”, relevou no seu emocionado discurso durante esta XIX gala. “Um dia acordamos com as bombas a caírem perto de nossa casa” “Toda a gente conhece a tragédia que está a acontecer mas hoje eu gostava de falar de paz. Nunca imaginamos como a paz que vivemos é frágil”, prosseguiu a mulher de Paulo Fonseca. “Vivemos as nossas vidas e pensamos que nada as perturbará de forma tão significativa”, salientou. Mas “um dia acordamos de manhã e ouvimos as bombas a cair junto da nossa casa, pondo em perigo os nossos filhos, as nossas famílias e os nossos amigos”, afirmou, com emoção mas também muita firmeza.