
UM PALACETE QUE INOVA E CRIA À MEDIDA
Não há dias iguais para Américo Monteiro, que fundou a empresa Móveis do Palacete, sediada no Candal, a 11 de novembro de 1975. São já 47 anos de atividade dedicados à arte do mobiliário, 20 dos quais dedicados ao fabrico, antes de reorganizar a empresa para a vertente da comercialização de móveis.
Constante é a paixão do proprietário que se faz acompanhar pelos seus colaboradores neste negócio assim como a atenção e personalização com que brinda os clientes. “Gosto muito disto e estamos sempre a aprender. Esta é uma profissão em que temos de inovar”, indica o autor das mais variadas peças, entre roupeiros, cozinhas, sofás e artigos restaurados.
Desde a madeira wenge ao pinho maciço, sem esquecer o carvalho e a cerejeira, todas as madeiras são trabalhadas, sem exceção. Todos os objetos são desenhados à medida e ao pormenor em folhas quadriculadas pelas mãos de Américo Monteiro.
Uma arte ‘no ponto’ Um dos segredos do sucesso está escondido na cabeça e também passa pela matemática, como explica o próprio. “Tem de se pôr a matemática a funcionar. O problema são os cálculos. É preciso concentrar-se, fazer um rascunho e começar a dar vida ao trabalho. Cada peça é original. Tem de ser perfeito”, vinca Américo Monteiro.
Os detalhes não passam despercebidos a este mestre, que até desenhou as grades das janelas do edifício onde esta aventura começou, e que agora funciona como armazém, de acordo com a fachada tijolada. “Trabalhar bem” é a chave O Móveis do Palacete, que já conta com duas lojas, surgiu da paixão de Américo Monteiro, que inicialmente começou a trabalhar como barbeiro, um ofício que abandonou rapidamente.
Quis dedicar-se ao sonho de, tal como o seu pai, ser carpinteiro. Aos 71 anos, a ambição é manter os Móveis do Palacete por mais três anos, pelo menos, contando com a prática de desporto de forma regular como aliado para contrariar o stress da profissão. “É preciso ter paciência e sermos impecáveis”, receita Américo Monteiro, que coloca as pessoas que o procuram para decorar e mobiliar a casa como prioridade e para quem “a relação e a confiança são o mais importante”, ciente que os clientes “apostam em quem fizer as coisas bem feitas”.
A festejar o 47º aniversário num contexto económico desfavorável, os atrasos na cadeia de encomendas preocupam o dono dos Móveis do Palacete, que mesmo assim não duvida: “Quem trabalhar bem, nota-se que tem trabalho. Mesmo com a pandemia, não tivemos falta de trabalho”. Com esperança no futuro, Américo Monteiro já distribui os habituais calendários de 2023 decorados a rigor e agradece “a todos os clientes, fornecedores e amigos que desde o início da empresa têm contribuído para a melhoria contínua e aumento da qualidade nos diferentes trabalhos na área do mobiliário que tem efetuado”.